Na
maior parte das vezes, entram pessoas na nossa vida por mero acaso,
mas
de forma consciente e reflectida. Permitimos dar oportunidade a que essas
pessoas
comecem
a partilhar connosco o nosso dia-a-dia, que desenvolvam laços de amizade,
que
se sintam bem na nossa zona de conforto e que acima de tudo saibam lidar
com
diferentes personalidades, sejam essas vulneráveis ou não.
Sentimos
necessidade de adoptar uma defesa estratégica intra pessoal ao longo da vida,
e
com isto não pretendo afirmar que temos que ser alguém ‘’desconhecido’’,
simplesmente
os erros do passado ou até mesmo a desonestidade de pessoas alheias
leva-nos
a seguir um rumo diferente e a perspectivarmos tudo
o
que nos rodeia com clareza e firmeza.
As
oportunidades que damos às pessoas que nos são próximas são para ser
aproveitadas
de forma consciente e a longo prazo, mas por vezes sentimos que
tudo
aquilo que fazemos por alguém de quem gostamos é sempre insuficiente.
Atingimos
um ponto de ruptura quando percebemos que dedicamos uma vida inteira
a
alguém que não valorizou o verdadeiro Amor que lhe dedicamos dia após dia.
É
frustrante idealizarmos uma vida conjugal, onde dedicamos a maior parte
do
tempo ‘’ao outro’’ do que a nós próprios, revestindo-o de carícias,
mesmo
estas não sendo recíprocas, limitando o pouco tempo diário que temos
só
para ele, abdicando obrigatoriamente da excessiva liberdade só para o ver
feliz
e aceitando ser alguém na sua vida em segundo plano.
...e
mesmo assim não chega...
Continuamos
a lutar incessantemente, percebendo que aquele limite estava
aproximar-se
e que mais tarde todo o Amor que existia, podia transformar-se em ódio!
Todos
nós percebemos que a perda é algo significante e doloroso e
quando
esta nos atinge significa que não fomos fortes e inteligentes o suficiente
para
lutarmos contra ‘’ela’’...
A
isto chamo de fracasso!
Talvez
o destino assim o quisesse, talvez já tivesse escrito,...
Mas
a educação que me foi dada, ascendem todos estes parâmetros, porque
uma
das regras que me implementaram, foi nunca inferiorizar o Amor ao próximo
ou
iludir alguém com sentimentos falsos e maquiavélicos.
A
pessoa que em tempos conheceste desapareceu, devido a várias acções conscientes
e
negativas da tua parte.
A
consciência fica nos atos de quem os pratica e o arrependimento advém de
consequências
irreflectidas, e aqui chegou o momento em que deverás
perceber
que o fim tornou-se realidade.
Não voltarei a olhar para ti daquele jeito, não irei abdicar dos meus passeios matinais
Não voltarei a olhar para ti daquele jeito, não irei abdicar dos meus passeios matinais
só para te preparar o pequeno-almoço, não irei
vestir aquela roupa sexy
só para me dares um elogio forçado, não
deixarei de estar com os meus amigos
só
para estar contigo em cantos separados, não irei fazer rigorosamente
mais nada por ti.
Porque
o tempo fez-me perceber que, quem não cuida, não Ama e quem realmente
não
se importa da nossa existência, não merece, de todo, o nosso esforço e
dedicação.
Foste
mais do que um amigo, mais do que um companheiro, mas neste momento
sinto-me na necessidade de te dizer que a
felicidade somos nós que a construímos,
e eu escolhi ser feliz sem ti.
Não
foi uma opção Amar-te, simplesmente aconteceu, mas antes do Amor por ti, está
o meu Amor próprio e isso é que terá que
prevalecer para sempre, em todas
as
circunstâncias da minha vida.
Agradeço
por te ter conhecido, pois com isto aprendi a auto controlar a minha capacidade
de
Amar e a criar uma defesa pessoal perante as pessoas que me rodeiam.
Não
pretendo que me procures nem que te informes da minha vida, simplesmente iremos
ser
um
para o outro de forma discreta e limitada.
Desprestigiaste
o meu Amor e isso não há perdão que salve.
Fui
embora,... mas talvez um dia me encontres por aí, e que nesse preciso momento
te esboce
um
sorriso contagiante de quem venceu na vida, passando por todos os obstáculos, e
que
em
momento algum os queira relembrar .
Que
a tua felicidade seja tão ou maior que a minha!
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